quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Pesquisa sobre Arthur C. Clark e a Comunicação Via Satélite

Relatório de pesquisa produzido pela aluna Vitória C. Holanda para obtenção de nota da disciplina de Redes de Telecomunicações do curso Técnico Integrado em Telecomunicações do IFCE - Fortaleza sob a Orientação do professor Mario Henrique.


1. Arthur C. Clark

Arthur C. Clarke nasceu em 1917 em Minehead, Somerset, Reino Unido. Aos 26 anos, já durante a II Guerra Mundial, Clarke se alistou na Força Aérea Real (RAF) Britânica onde trabalhou com radares, se especializando e chegando a Tenente de Vôo. Suas experiências durante a II Guerra foram narradas em Glide Path (1963).

Ao retornar da guerra Clarke se tornou presidente da British Interplanetary Society (BIS - Sociedade Britânica Interplanetária) durante os anos de 1946-47 e depois de 1950-53. Clarke também se formou em Física e Matemática pelo King’s College London em 1948. Um pouco antes disso ele publicou um artigo (Extraterrestrial Relays, 1945) que antecipou em 25 anos a criação de um sistema de comunicação por meio de satélites geoestacionários. A influência de seu artigo neste feito foi considerada tão importante que seu nome foi dado à órbita destes satélites chamada de “órbita Clarke”.

Arthur Clarke foi o escritor de ficção científica mais reconhecido por suas publicações e sua influência na ciência. Em 1982 ele ganhou o prêmio Marconi, o maior prêmio da área das comunicações. Chegou até à ser nomeado Cavaleiro da Ordem do Império Britânico em 1998, aos oitenta e um anos de idade.

Clarke se tornou um homem extremamente influente nos meios científicos, principalmente os relacionados à astronáutica. Em 1951 ele publicou um artigo, chamado A Exploração do Espaço onde expôs o assunto de forma acessível aos leigos popularizando o tema e fazendo diversas palestras pelos EUA. 

Dentre suas influências nas ciências espaciais está a criação de uma nova área na meteorologia que utiliza foguetes e satélites em pesquisas e operações meteorológicas. Foi ele também quem primeiro enxergou nos aparelhos de mergulho que começavam a surgir na época uma inspiração para as roupas de astronautas.

Ele trabalhou ativamente na cobertura das missões espaciais da Apollo 11, 12 e 15 no início da década de 70. E em 1984 ele criou o Arthur C. Clarke Centre for Modern Technologies, na Universidade de Moratuwa.

Dentre outras obras Clarke publicou A Sentinela que influenciou a criação de “2001 – Uma Odisséia no espaço” produzido para o cinema por Stanley Kubrick com sua ajuda. O filme fez com que a ficção científica e as obras de Clarke ficassem conhecidas no mundo todo e se tornou um clássico marcante na história da ficção científica. Em 1985 ele publicou 2010; Odisséia 2 em continuação ao 2001 que também viro filme com a ajuda de Peter Hyams.

Arthur C. Clarke faleceu em março de 2008 de complicações respiratórias. Na época ele morava em Colombo, no Sri Lanka onde praticava mergulho e pesquisas no fundo do mar porque, segundo ele, era o mais próximo que conseguia chegar da sensação de falta de gravidade no espaço.


2. A Teoria de Arthur para a Melhorar a Comunicação Via Satélite

Arthur calculou a órbita dos satélites geoestacionários de telecomunicações, localizada a 36.000 km de altitude sobre o equador terrestre, e propôs o projeto de um sistema global de comunicações via satélite, em artigo pioneiro e visionário, com o título de "Repetidoras Extraterrestes" (Extraterrestrial Relays) na revista inglesa Wireless World (Mundo sem Fio), edição de outubro de 1945. Nesse artigo, ele sugeriu a construção de um sistema de três satélites de telecomunicações capaz de cobrir toda a Terra.


3. Satélites Geoestacionários

Os satélites geoestacionários são satélites que se encontram aparentemente parados relativamente a um ponto fixo sobre a Terra, geralmente sobre a linha do equador. Como se encontram sempre sobre o mesmo ponto da Terra, os satélites geostacionários são utilizados como satélites de comunicações e de observação de regiões específicas da Terra, como o satélite GOES-8.

Um satélite geoestacionário leva 24 horas para dar uma volta em torno da Terra, ou seja, o mesmo tempo que o planeta gasta para dar um volta em torno de seu eixo. Dessa forma, o satélite, aparentemente, permanece estacionado ou parado sobre um ponto do equador. O mundo tem hoje mais de 500 satélites geoestacionários e cerca de 5.000 outros, de baixa e média altitude.

4. Referências Bibliográficas